A fundação do América Futebol Clube de São José do Rio Preto ocorreu em 28 de janeiro de 1946, impulsionada pelo sonho de Antonio Tavares Pereira Lima, um engenheiro apaixonado por futebol. Junto a Vitor Buongermino, ele desejava criar um clube capaz de rivalizar com o poderoso Bancários, que dominava o cenário esportivo local. A ideia ganhou força nos pontos de encontro da cidade, onde Pereira Lima, com seu carisma e entusiasmo, atraiu o apoio de diversos setores da sociedade rio-pretense.
A reunião decisiva aconteceu no salão de festas do Hotel São Paulo, onde 53 esportistas, além de cronistas dos jornais locais, se reuniram para concretizar a fundação do novo clube. Durante o encontro, foram escolhidos o nome América Futebol Clube e as cores vermelho e branco como símbolos da nova agremiação. Antonio Tavares Pereira Lima foi eleito o primeiro presidente, e Mário Alves Mendonça assumiu a vice-presidência.
Com a fundação oficializada, os esforços se voltaram para filiar o clube à Federação Paulista de Futebol e inscrevê-lo no Campeonato do Interior. Mesmo com poucos recursos e apenas um jogador inicialmente, o entusiasmo dos fundadores impulsionou o América em sua jornada para se tornar uma força no futebol regional, marcando o início de uma rica história esportiva em São José do Rio Preto.
O Estádio Mário Alves Mendonça foi construído graças ao esforço coletivo da comunidade e à doação de um terreno por Mário Alves Mendonça, um dos dirigentes do América Futebol Clube. A construção do estádio, situada na Vila Santa Cruz, foi concluída em apenas três meses através de um mutirão, resultando em um campo de terra batida com capacidade inicial para 3.000 pessoas. Sua inauguração ocorreu em 27 de junho de 1948, com uma partida entre o América de Rio Preto e o América do Rio de Janeiro.
Com o crescimento do América, especialmente após a conquista do título da 2ª Divisão em 1957, surgiu a necessidade de expandir o estádio para atender às exigências da Divisão Principal do futebol paulista. O prefeito Alberto Andaló mobilizou recursos e trabalhadores, permitindo que o estádio fosse ampliado a tempo, aumentando sua capacidade para 15.000 pessoas. Essa expansão consolidou o Estádio Mário Alves Mendonça como um dos principais palcos do futebol no interior paulista.
Ao longo dos anos, o estádio foi cenário de momentos históricos, incluindo a visita do Santos Futebol Clube com Pelé em 1958 e a partida contra o Corinthians em 1979, que registrou seu maior público de 23.800 torcedores. Conhecido como "Caldeirão do Diabo" pela proximidade dos torcedores com o gramado, o estádio foi a casa do América até 1996, quando o clube se despediu do local com uma vitória sobre o União São João. O Estádio Mário Alves Mendonça permanece uma lembrança querida na memória dos torcedores do América.
Benedito Teixeira, popularmente conhecido como Birigui, foi uma figura central na história do América Futebol Clube de São José do Rio Preto. Nascido em Monte Azul Paulista em 1919, Birigui chegou a Rio Preto em 1936 e começou a jogar futebol pelo Palestra, passando depois por outras equipes antes de se juntar ao América. No clube, ele foi o primeiro ponta-esquerda e atuou como jogador entre 1946 e 1949, além de ter uma breve passagem como treinador em 1950.
Após encerrar sua carreira como jogador, Birigui dedicou-se totalmente ao América, assumindo diversos papéis administrativos até se tornar presidente em 1972. Durante seus 23 anos na presidência, ele liderou o clube com uma visão estratégica que garantiu a sua permanência entre os principais times do interior paulista, sem nunca ser rebaixado. Birigui foi o grande responsável pela construção do Estádio Benedito Teixeira, o "Teixeirão", que se tornou um marco para o clube, concluído em 1996.
Birigui faleceu em 2001, mas deixou um legado imenso no América, sendo lembrado como "A Grande Raposa do Interior" por sua habilidade em negociar jogadores. Sua liderança, paixão e dedicação ao clube fizeram dele uma das figuras mais importantes na história do futebol paulista, e seu nome permanece indissociável da história e das conquistas do América.
O Estádio Benedito Teixeira, popularmente conhecido como Teixeirão, foi uma realização emblemática para o América Futebol Clube, fruto do empenho de seu presidente, Benedito Teixeira, e do apoio do prefeito Wilson Romano Calil. Em uma visita ao gabinete do prefeito, Calil ofereceu um terreno para a construção do novo estádio, substituindo a antiga necessidade de melhorias no Estádio Mário Alves Mendonça. Com recursos limitados e vendendo jogadores para arrecadar fundos, Teixeira conseguiu dar início à construção, que parecia uma utopia para a cidade na época.
Após 17 anos de construção exclusivamente financiada pelo clube e por doações, o Teixeirão foi inaugurado em 10 de fevereiro de 1996. A partida inaugural, entre América FC e São Paulo FC, terminou com a vitória do time paulista por 3 a 2. O estádio, com capacidade para 55.000 pessoas, foi projetado com moderna infraestrutura, incluindo gramado de qualidade, vestiários amplos, cabines de rádio e televisão, camarotes e estacionamento, consolidando-se como um dos maiores e mais modernos estádios do interior paulista.
Desde sua inauguração, o Teixeirão se destacou como o maior estádio do interior paulista e o segundo no Estado de São Paulo, além de ser o sexto maior estádio particular do Brasil. O local tem sido palco de diversos eventos importantes, como jogos da Supercopa Sulamericana, Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e partidas da Seleção Brasileira. Reconhecido pela revista Placar em 2002 e 2003 como o sexto melhor estádio em termos de infraestrutura no Brasil, o Teixeirão se tornou um ícone do futebol nacional.
O site www.america-rp.com.br foi criado em 1997 e é mantido pelos torcedores Evandro Souza Freire, Luiz Henrique Rosselli Folchine, Marcelo Polezi e Ricardo Polezi.
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